
Lendo "Paixão India" acabei não só conhecendo, como aprendendo muito sobre a vida de uma espanhola que passou de dançarina á princesa de Kapurthala, no Punjab. Assim que passou a ser a quinta esposa de um marajá Jagatjit Singh, Anita Delgado uma mulher com outra cultura, não entendendo, se quer, o dialeto local e sua multiplicidade, "cair de paraquedas" neste, que para ela seria um novo mundo.
Javier Moro, não só conta em detalhes cada passo da vida de Anita, como condiciona o pensamento á voar e fazer com que nos coloquemos no lugar dela, assistindo á tudo sentindo, como se sentíssemos na pele o quente sol da Índia á espera das monções, o cheiro das especiarias, a diversidade cultural e tradições inigualáveis, muitas vezes inquestionáveis, as alegrias de estar ao lado do homem que se ama, mesmo que á milhas de distancia de tudo que se conhecia como "sua vida" e tudo o que levou esta dançarina á realizar em vida um conto de fadas de verdade.
Moro, não só escreve sobre fatos reais como também coloca muitas fotos no meio de seus livros, o que faz com que conhessamos os personagens, do jeito que foram na época ou ainda são, na Índia, em todas as suas peculiaridades.
No Livro " O Sari Vermelho", segundo livro do autor que leio, trata de outro conto onde desta vez uma italiana Sonia Maino, conhece um jovem chamado Rajvi, o indiano de sobrenome Gandhi, Ninguém mais que o filho de Indira Gandhi. Com todo seu esplendor de glória, ódio e destino, a história da família Nehru vem á tona e para quem curte a cultura é um prato cheio.
Tanto o primeiro quanto o segundo livro, são maravilhosos para quem tem um interesse em particular á Índia multicultural, política e romântica. Todos são verídicos e explícitos.
